segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Alexandre Cthulhu

Pagina oficial:https://www.facebook.com/pages/Alexandre-cthulhu/144081102324959
Músico visonário, poeta, escritor e actor.
Musico de grande versatilidade técnica com influências blues / rock, oriundo da margem sul do Tejo, Alexandre Cthulhu apresenta um trabalho musical, onde a expressão pessoal é feita maioritariamente através da guitarra, onde faz incursões através de estilos tão diversos como os blues, o classic rock, o acústico (onde canta e toca também harmónica, ao estilo de Springsteen, Dylan ou Neil Young), atreve-se na música experimental (pois até agora nunca se conheceu que algum guitarrista usasse uma lata de cerveja em vez de uma palheta, ou mesmo até outros utensílios por ele criados) indo mesmo ao heavy metal.

 Á conversa com Alexandre cthulhu

1.Olá Alexandre Cthulhu, fala-nos um pouco sobre ti:
Sou Português, sou musico desde tenra idade, vivo na margem sul, fumo e bebo cerveja.

2.O estilo de música que praticas a solo é bastante diferente do projecto em que já deste o teu contributo. Fala-nos um pouco dessa mudança
Se me permites, não gosto do nome projecto. Um projecto é um plano, uma intenção. Gosto mais do termo Banda!
Os face oculta são uma banda de heavy rock, e já batemos as principais cidades deste País. Inclusive Espanha.
A solo, estou por minha conta, exploro outras sonoridades e não estou “agarrado” a um so estilo, ou seja, o espectro musical é abrangente, o que me permite tocar em sitios tao distintos como uma cave cheia de fumo e de malta a beber cerveja, ou no museu da musica.

3.Que necessidade sentiste em explorar e em expressar este estilo tão... Pessoal?
Depois do meu 1ºEp ( o Psyche), senti que tinha de personalizar o meu som, para cada vez mais a minha guitarra soar de forma a que expressasse a minha paixão, a minha alma e tudo aquilo que sinto. Isso só se consegue de uma forma individual, construindo a arte sem olhar para o lado e copiar seja quem for.
O album “Fides” foi o 1º passo para essa individualidade.

4.Qual a maior diferença entre estar sozinho e acompanhado em palco?
È olhar para o lado e não teres ninguém a tocar uma nota diferente da tua, ou alguém num beat fora de tempo (risos).

5.Falando um pouco dos Face oculta continuas a ter algum tipo de ligação com esse projecto?
Claro que sim, a banda está de boa saúde e recomenda-se.
Somos uma banda com princípios e valores, portanto vou estar nos Face até ao dia em que chegar uma entidade qualquer e me diga: “game over”!

6.Como tem sido o feedback do publico em relação ao teu trabalho a solo?
Tem sido excelente e muito para além das minhas expectativas, até porque o meu trabalho consegue chegar ( e agradar) a várias facções de publico, quer em termos de faixas etárias, quer em gostos musicais, desde malta que curte som mais pesado, até pessoal que gosta de musica mais Soft. Há de tudo e estou muito grato a toda essa gente maravilhosa pelo apoio.

7.Em junho de 2011 surge o primeiro ep “Psyche” fala-nos como correu o processo de produção do mesmo?
Foi um processo simples, pois já tocava a maioria das músicas há algum tempo. Foi chegar ao estúdio e gravar. Fiquei muito satisfeito com o processo de masterização final.

8.Em 2013 surge o terceiro trabalho discográfico com o nome de "Book of poems" que visa exclusivamente ajudar a APJ (associação de jovens com paralisia cerebral) uma atitude que é de louvar, achas que outros musicos deviam seguir esse exemplo?
Não é meu hábito falar de outros músicos. Já existe muita imprensa em Portugal que se encarrega disso. Eu fi-lo porque sim, e estou muito grato pelos resultados, e principalmente por ter conhecido aqueles jovens todos que aparecem no vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=_kNUMcLJRAQ

9.Vivendo os musicos e a população em geral numa era de internet e downloads achas que isso dificulta a venda do vosso material?

Sim, sem dúvida. Mas temos que ver as coisas sob um prisma mais profundo. Pensa como reagiram as rádios quando surgiu a TV; ou como reagiram as pessoas que andavam de carroça quando surgiu o automóvel… As novas tecnologias têm sempre esta dualidade que divide o ser humano.
A internet destruiu as editoras, que vendo bem, não eram mais do que grandes sangue sugas de muitas bandas. Mas isso trouxe as bandas e os músicos acessíveis a toda a gente, quer em termos de musica, quer em termos de informação. Mas a grande vantagem foi arrancar muitas bandas da sua zona de conforto, e traze-las para a estrada novamente.
Se dificulta a venda do material? Depende! Se tens uma ferramenta que permite divulgares o teu trabalho mais além, porquê que isso não te há-de ajudar a vender os teus discos?

10. Em poucas palavras diz-nos como achas que se encontra o atual panorama musical no nosso pais.

Está interessante, e já viveu dias piores. Têm surgido novos valores, mas são sempre os mesmos que têm a exclusividade e o dito destaque. Creio que o público também se divide muito entre musica para dançar e outras coisas que eu não considero arte, mas que dá audiências e é isso que paga as contas e dá postos de trabalho (ou não…)
Sabes que a nossa imprensa escrita também não ajuda nada. Se comprares um revista de musica portuguesa, rapidamente te desinteressas pelo dito “panorama musical actual português”, porque essa imprensa (gerida, não por pessoas ligadas à musica, mas sim por uma facção de supostos intelectuais) não revela novos valores, mas apenas aquilo que surgiu nos anos 80/90, musica estrangeira, e pouco mais.
Às vezes acredito que seria necessário aparecerem aí uns Americanos ou Ingleses a dizerem que o que se faz por cá (actualmente) é mesmo muito bom, para toda a gente começar a levar as coisas a sério (Risos)

11.Palavras finais... diz o que te vai na alma.

Quero agradecer à pagina Bipsom pela oportunidade desta entrevista. Quero agradecer a toda a gente que me tem apoiado, quer nos concertos quer através da internet, e aparecam no próximo concerto que é na Fnac Do CC Vasco da Gama. Obrigado e bom Natal!

1 comentário:

  1. Excelente entrevista onde, se bem me recordo de tudo o que li até agora, pela primeira vez não se conta apenas o percurso mas também se aprofunda a opinião do artista. Gostei.
    Felicidades para vocês Bipsom e imenso sucesso para este artista que me enche de orgulho.

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