quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Kalafate

Pagina oficial:https://www.facebook.com/oskalafate
Projecto musical com a missão que reinventar a música tradicional portuguesa para os ouvintes do século XXI.

1.Quem são os Kalafate e porque decidiram juntar-se para tocar juntos?
Somos um projecto de música experimental que procura trazer a tradição do povo português para os ouvintes do século. XXI. O projecto começou há cerca de 2 anos quando nos juntámos com terceiros que conhecíamos individualmente para formar um projecto de world music/blues/rock onde o português cantado seria sobressaído nas letras da nossa sonoridade.
Esse grupo acabou por se extinguir, sobrando ironicamente apenas os dois elementos que há menos tempo se conheciam – um baterista de influências do rock e um guitarrista inspirado pelos blues.
Por essa razão, o nosso conceito musical seguiu uma estratégia diferente para uma abordagem mais instrumental, onde cruzámos as nossas influências musicais distintas com uma imagem das tradições portuguesas para os dias de hoje.

2.Projecto musical com a missão de reinventar a música tradicional portuguesa,falanos um pouco sobre em que consiste essa missão.
Como dissemos, os Kalafate são apenas constituídos por dois instrumentistas. Logo, em vez de procurarmos por um/uma vocalista, optámos por permanecer no registo instrumental, o que acabou por ser mais desafiante (e por isso motivante) para nós. Com essa decisão, decidimos adoptar numa investida mais alternativa para exprimirmos a mensagem que queríamos transmitir: a valorização e dimensão intemporal dos dizeres dos nossos avós e da riqueza cultural do nosso país, através do uso exclusivo dos nossos instrumentos musicais e de um vídeo dinâmico, alusivo ao povo português, que controlamos à medida que tocamos.

3.Quais diriam ser as vossas principais influências?
As nossas influências começam com os blues e rock clássico e perdem-se numa mistura étnica de sons americanos, africanos e até indianos. Tentamos trazer os sons dos povos que outrora os portugueses descobriram para o ponto de partida onde aventura global começara há 500 anos atrás.

4.O que podemos esperar de um concerto vosso?
Esperamos o mesmo de nós que esperamos do público. Uma partilha de boas energias interlaçadas entre sons de uma percussão experimental e espontânea, didgeridoos, guitarras, violas campaniças (instrumento tradicional alentejano) e bandolins pelo meio combinados com imagens bem familiares entre o quotidiano presente da vida urbana e passado da vida rural que todos nós assistimos ou já ouvimos falar.

5.Qual é a principal temática das vossas músicas?
Se tivéssemos que “encaixar” as nossas músicas num género musical não seria fácil, mas quanto à temática todas elas se podiam “encaixar” na temática tradição. Tradição antiga, presente e futura… sim porque é isso que queremos transmitir no final, a tradição intemporal do povo português.

6.O que reserva o futuro para os Kalafate?
Neste momento estamos a reformular o nosso conceito de vídeo, de forma a integrar todos os temas já feitos e outros ainda a caminho, num filme que será intitulado por “A viagem do Kalafate” – uma personagem fictícia inspirada na personalidade setubalense “O Calafate” (poeta popular do séc. XIX) que viajará pelas ruas de Setúbal à descoberta das pequenas coisas quotidianas que teríamos noutra cidade qualquer, cuja origem vem de tradições antigas mas intemporais.

7.Que balanço fazem da cena musical na vossa zona?
Hoje Setúbal é realmente uma cidade com uma geração jovem que espontaneamente submergiu com fortes veias artísticas, tão fortes que torna-se quase um caso de estudo tal fenómeno ocorrer numa cidade tão pequena.
Tem-se notado felizmente um forte investimento na cultura local, quer por órgãos municipais, quer por associações independentes e outras colectividades da região. Claro que há sempre mais e melhor a fazer nesse aspecto, mas acreditamos que estamos no caminho certo enquanto cidade que se quer afirmar no panorama cultural nacional.

8.Palavras finais...digam o que vos vai na alma.
Os Kalafate não são mais que dois viajantes curiosos com Portugal e com os portugueses, que se interessam pela vida rural, citadina, pela vida no passado e a do presente e que tentam imaginá-la no futuro. As nossas músicas não são mais que um livro de aprendizagens da nossa viagem, tudo aquilo que vemos e descobrimos ou redescobrimos escrevemos nesse livro para partilhar com quem mais gostamos, o nosso público.

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