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Formados com a despreocupação natural de quem procura na musica uma forma de se expressar e também de se divertir os Trinta e Um começaram assim por ser um projecto totalmente amador que tinha por principal missão tocar ao vivo.
Apenas duas semanas depois de se juntarem gravam 5 temas num estúdio barato e distribuem-nos em cassete a alguns amigos e agitadores do movimento punk-hardcore nacional da época.
Esta cassete foi sendo gravada e re-gravada chegando assim a cada vez mais gente e também com cada vez menos qualidade (risos).
Uma coisa é certa, apesar de mal gravada e pior ainda tocada essa cassete velhinha tinha musicas que se vieram a tornar autênticos hinos da banda entre os quais a sua música mais emblemática de sempre - L.V.H.C.
De seguida começaram a tocar ao vivo em todo e qualquer lugar onde os deixassem, arrastando atrás de si a "turma" de Linda-a-Velha e mais alguns jovens tresmalhados da grande Lisboa.
Os convites iam-se sucedendo e cada vez aparecia mais gente nos concertos que eram verdadeiras festas de mosh e pontapé!
As coisas corriam bem e decidem voltar ao mesmo estúdio para gravar mais 5 temas no intuito de repetir a formula que tão bons resultados tinha dado, mas desta feita a cassete nunca viria a chegar á rua...
A editora Fast´n Loud já os tinha debaixo de olho e fez-lhes o convite de inserir estes novos temas no volume 3 da sua histórica colectânea "Vozes da Raiva".
A proposta é aceite e os Trinta e Um aparecem assim num CD juntos dos míticos Ku de Judas de João Ribas e de algumas das mais barulhentas bandas brasileiras da altura.
Logo que o CD sai voltam de novo á estrada e dão mais e mais concertos numa verdadeira fome de palco, chegando ao cumulo de aparecer em concertos de outras bandas com as guitarras para pedir se podiam tocar também (risos).
Pelo caminho são convidados para participar com alguns temas na colectânea brasileira "Urban Noise".
Em 96 entram em estúdio STS para gravar o seu primeiro álbum mas não conseguem arranjar quem pague e o álbum fica retido em Estúdio. Após algum tempo neste impasse e sem que aparecesse nenhuma editora para pagar a gravação decidem pedir ajuda aos amigos e fãs da banda, fazem uma colecta e arranjam dinheiro para resgatar o disco.
O disco sai finalmente em 97 com o nome de "O Cavalo Mata!", numa homenagem sentida a um amigo da banda que morrera de overdose num tempo que era de excessos.
Este disco é muito bem recebido dentro do movimento underground e rapidamente esgota.
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